No meio de um fim de semana atribulado, tive uma conversa com o meu avô (daquelas intermináveis e confusas, que nos deixam a pensar), sobre uma geração que vive em tempos também atribulados. E que exigem mudanças, revoltam-se e dizem-se "ativistas", mas que no fundo apenas reclamam e fazem barulho na rua.
"Nós somos contra tudo, por nada", dizia Tristan Tzara, um dos iniciantes do Dadaísmo, que foi nada mais, nada menos do que a prova que já há muito tempo que há uma vontade por mudança, sem se saber bem para quê. Precisamente o que se passa atualmente - todos querem ver mudanças, ninguém sabe concretamente o que se fazer para isso. De facto, é percetível, há uma confusão geral na cabeça das pessoas que não podem, por um lado, ficar impávidas ao que acontece, nem podem, por outro, perder tempo a pensar no que fazer (também ninguém perde muito tempo a pensar nelas quando é preciso)! |
Bem mas isto foi só uma contextualização para explicar no que consistia o conflito de gerações, que sempre existiu e sempre existirá - não queremos seguir todos os passos dos nossos pais, como eles não quiseram seguir os passos dos seus. É normal, evoluímos e há mudanças que devem ser feitas. Mas se já foi fácil dizer-se o que era preciso ver-se mudado, hoje, não é bem assim.
Talvez seja esse o motivo pelo qual se diz por aí que isto está tudo "uma bagunça". Pois está. Mas é tal e qual como diria Fernando Pessoa "só vejo o caminho, não vejo onde vai dar". O que esta geração quer ver mudada, sei eu! Já como... Ninguém sabe.
Talvez seja esse o motivo pelo qual se diz por aí que isto está tudo "uma bagunça". Pois está. Mas é tal e qual como diria Fernando Pessoa "só vejo o caminho, não vejo onde vai dar". O que esta geração quer ver mudada, sei eu! Já como... Ninguém sabe.